Parlamentar defende que decisão do CMN deveria beneficiar também os produtores de grãos em RO
O Conselho Monetário Nacional autorizou, na última quinta-feira (28), a renegociação de até 100% das dívidas do crédito rural em 17 estados do país. Em Rondônia, a medida deve beneficiar, de início, produtores da bovinocultura de carne.
A decisão do CMN contempla, além de Rondônia, mais 16 estados e até quatro produtos: bovinocultura de carne e leite, além da soja e do milho. Segundo o CMN, a decisão levou em conta as adversidades climáticas e de comercialização que impactaram fortemente a safra 2023/2024, em especial a de grãos.
Vice-presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), o senador Jaime Bagattoli (PL) comentou o anúncio da medida e lembrou que Rondônia, assim como os demais estados, também sofreu com a queda nos preços das commodities.
“Os produtores rurais no país são bem comprometidos com as suas dívidas, mas é preciso lembrar que têm fatores que não dependem deles, como os eventos climáticos. Por isso, essa decisão deve socorrer muitos produtores do nosso estado, apesar de eu defender que, no caso de Rondônia, essa medida deveria se estender também aos produtores de alguns grãos e até de leite”, defende o senador.
Na prática, a medida se aplica a agricultores familiares e empresariais que tenham contratos de crédito rural vinculados a programas de investimento agrícola do BNDES e também às linhas de financiamento dos fundos constitucionais. O CMN também lembra que a medida estará sujeita à análise das instituições bancárias.
PREVISÃO
No início de março, Jaime já demonstrava preocupação com o tema. No mesmo mês, o parlamentar discutiu a possibilidade de renegociação de dívidas rurais com cooperativas e bancos públicos. Entre os motivos estavam, justamente, os efeitos causados por eventos climáticos, além do impacto gerado pelos embargos ambientais.
“É muito importante que, a partir de agora, os produtores rurais de Rondônia, que se encaixam no perfil anunciado pelo Conselho, procurem os bancos para discutir as negociações o quanto antes”, concluiu o senador.
Os pedidos devem ser feitos até o dia 31 de maio de 2024.
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