Parlamentar defende mais investimento em infraestrutura e escoamento da produção
Um estado relativamente novo, mas com uma economia e um setor produtivo em constante ascensão. Para muitos, essa é uma das formas de resumir ao Brasil e ao mundo o que acontece hoje em Rondônia.
Puxado por uma agricultura familiar forte e um agronegócio competitivo, o setor primário de Rondônia já é responsável por quase 1/7 do Produto Interno Bruto (PIB), como bem lembra o senador Jaime Bagattoli (PL).
“Cerca de 15% de toda a riqueza gerada por Rondônia vêm das mãos de quem vive no campo. Seja na agricultura, na pecuária, por meio do grande, do médio ou do pequeno produtor, o setor produtivo ainda é o setor mais sólido e seguro da economia do nosso estado”, lembra o parlamentar.
Rondônia, por exemplo, possui o maior rebanho bovino dentro das áreas livres de febre aftosa sem a necessidade de vacinação. Já no ranking geral, Rondônia tem, hoje, o 6º maior rebanho do país, com 17 milhões de cabeças. O destaque é a capital Porto Velho que, sozinha, tem 1,6 milhão de cabeças, sendo o 3º município a nível nacional.
Na região Norte, Rondônia já é tido como o 3º estado mais competitivo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o 1º em exportação de carne bovina, além de ser o maior produtor de leite da região amazônica. Na piscicultura, Rondônia se consolidou como o maior produtor nacional de peixe de cultivo em tanques, com uma produção de 57 mil toneladas.
O IBGE também aponta que Rondônia, no contexto da região Norte, é o 1º na produção de café canephora, o 2º em produção de milho e arroz e o 3º em exportação de soja. Para Jaime, todo esse recorde vindo do campo é resultado de uma regularização fundiária que deveria ter continuado no decorrer das últimas décadas.
“Talvez, a maior regularização fundiária da história do país tenha acontecido em Rondônia durante o regime militar. Na década de 1970, o Incra atraiu milhares de famílias de todo o Brasil para cá, gente trabalhadora que mudou a história do nosso estado para sempre. Isso fez com que hoje Rondônia tivesse, por exemplo, mais carteira assinada do que Bolsa Família, uma prova de que o setor produtivo estimula toda a nossa cadeia produtiva”, afirma o senador.
DESAFIOS DO PRODUTOR
No entanto, Bagattoli lembra que o desempenho do estado no setor agropecuário e, consequentemente, na agroindústria poderia ser melhor. Um dos desafios apontados por ele é a falta de infraestrutura necessária para o armazenamento e escoamento da produção.
“Nossos produtos têm qualidade para conquistar os mercados nacional e internacional, mas o que a gente vê, ainda, é que o produtor rural enfrenta dificuldades básicas como estradas vicinais e rodovias em péssimas condições e sem falar da carga tributária e custos de produção cada vez maiores. Tudo isso penaliza o produtor rural que teria tudo para produzir mais e com qualidade”, conclui o senador.